A Rede D’Or inaugurou em 15/08/2022, na Vila Olímpia, a Maternidade São Luiz Star, em um movimento para concentrar e ampliar o atendimento a gestantes e liberar a estrutura da unidade Itaim Bibi para cirurgias de alta complexidade.
O novo prédio contará com 22 andares e 173 leitos, distribuídos em 77 apartamentos, 13 suítes, 21 leitos semi-intensivos, quatro leitos de UTI adulto e 58 leitos de UTI neonatal. A expectativa é que na unidade sejam realizados mil partos por mês, 350 a mais do que a média na maternidade do Itaim, que será desativada.
“Excelência requer investimento e foram investidos cerca de R$ 500 milhões. Nosso propósito é oferecer a melhor assistência. Queremos que as pacientes se sintam tranquilas, seguras”, afirma José Jair James de Arruda Pinto, diretor-executivo da regional São Paulo da Rede D’Or.
Para oferecer segurança, o hospital vai adotar um sistema de pulseiras de identificação por radiofrequência (RFID) sincronizado e interligado a um sistema de alarmes. Caso o bebê seja levado para algum local não previsto em seu atendimento, como para a porta da escada de emergência, será emitido um alerta e as portas da unidade serão travadas, as câmeras de segurança ampliarão o foco no setor indicado e a equipe de segurança será direcionada para o local. O mesmo ocorre se a pulseira for cortada.
Outra medida para proteger a paciente será a permanência do acompanhante durante todo o tempo. Não será necessário se separar para a paramentação no centro cirúrgico, por exemplo.
Além disso, mesmo quando a paciente desejar uma equipe de atendimento externa, uma funcionária do hospital acompanhará o parto e acionará a direção caso algo fuja aos protocolos previstos. “Temos muito cuidado com as equipes. Para a contratação, além da apresentação de documentos que comprovem a formação e a atuação, é preciso que o profissional seja indicado por um membro do hospital”, diz Maria Augusta Gibelli, diretora médica da maternidade. Aqueles contratados passam por avaliação anual de desempenho, considerando tanto aspectos técnicos quanto comportamentais.
A unidade contará com todas as especialidades para atendimento a gestantes e recém-nascidos e oferecerá serviços de diagnóstico por imagem, cirurgia fetal e cirurgia neonatal. Segundo Arruda Pinto, a rede pretende atrair casos de alta complexidade de diferentes partes do Brasil, contando para isso com o heliponto do hospital no Itaim. Investir nesse tipo de caso ajudará a manter as contas da maternidade, estrutura que tradicionalmente gera menos receita do que um hospital geral.
Para o momento do parto, foram desenhados diferentes cenários: chegada da paciente já no período expulsivo do trabalho de parto, parto vaginal, parto cesárea e partos de maior risco.
Para o primeiro caso, foi criada uma sala já no térreo, próxima à passagem para carros. O objetivo é permitir à paciente que chegar em trabalho de parto avançado o atendimento assim que deixar o veículo.
Para os partos vaginais humanizados, foram instalados oito quartos com elementos como cama com barra, cadeira para parto vertical, banqueta e banheira. “São ambientes com cromoterapia, aromaterapia e musicoterapia, recursos não farmacológicos de alívio da dor”, afirma Gibelli. A intenção é que 40% dos partos na unidade ocorram nessa modalidade, na qual a paciente pode contar com dois acompanhantes e apresentar o bebê à família usando um sistema de transmissão de vídeo.
As cesáreas também ocorrerão em oito salas, sendo duas com equipamentos para casos de maior risco, como acretismo placentário. Nesses casos, é permitido um acompanhante e, se a paciente autorizar, a família pode acompanhar parte do parto por uma parede de vidro polarizado.
Após o parto, mãe e bebê vão para o quarto contratado, com kit de boas-vindas na cama, produtos de higiene Trousseau e automatização com uso da Alexa. A família poderá solicitar uma cama em formato de cabana para o irmão ou a irmã mais velha do recém-nascido, e mães com deficiência visual receberão uma placa com a imagem em 3D do rosto do bebê.
Os pais poderão contratar testes opcionais, como o teste da bochechinha, para identificação de problemas genéticos, e o teste ampliado do olhinho, para identificar problemas como retinoblastoma. Haverá uma central para detectar alterações neurológicas e as mães serão acompanhadas pelo Grupo de Apoio à Amamentação durante a permanência e após a alta.
“São medidas que gostaria de ter oferecido no Hospital das Clínicas”, comenta Gibelli, que fez carreira no serviço público. O hospital afirma que continuará aceitando todos os convênios que já atuam no Itaim e, em caso de atendimento particular, o valor previsto é de R$ 17,9 mil na acomodação apartamento, com direito a até três diárias e sem os honorários médicos.