A TAVI (Implante de valva aórtica por cateter) consiste em um procedimento percutâneo (minimamente invasivo) para o tratamento de uma doença chamada estenose aórtica grave.
E o que é a estenose aórtica? O volume de sangue que sai do coração é regulado pela válvula aórtica, responsável por bombear o sangue que vai irrigar o cérebro através das carótidas; o músculo cardíaco através das coronárias; e assim por diante. Acontece que, principalmente devido ao envelhecimento, ela vai se degenerando, perdendo potência, se tornando com abertura mais restrita e comprometendo o bombeamento. Com o tempo, o quadro pode evoluir para uma insuficiência cardíaca. Uma tríade de sintomas que, embora não sejam específicos da estenose aórtica, indicam a necessidade de um exame mais aprofundado são: dor no peito, cansaço e desmaios.
O implante de Mitraclip® (implante de clip mitral por cateter), consiste no tratamento da insuficiência mitral importante com implante de um clip por uma técnica percutânea minimamente invasiva (punção da veia femoral, na “virilha”). Este tratamento foi desenvolvido para os pacientes que não podem ser submetidos a uma cirurgia convencional com esternotomia (cirurgia convencional, “peito aberto”) para correção da insuficiência mitral. Muitos pacientes com insuficiência mitral apresentam idade avançada e alto risco cirúrgico para serem tratados por técnicas convencionais. Neste cenário, foi desenvolvido o Mitraclip®.
Diversos estudos têm demonstrado redução significativa de internações hospitalares, melhora dos sintomas como falta de ar e cansaço e até redução de mortalidade com o implante deste dispositivo.
Os exames necessários para avaliar a possibilidade de implante de válvula por cateter são: ecocardiograma, tomografia de coração, aorta e ramos da aorta e cateterismo cardíaco pré-operatório. O implante da TAVI ou do MitraClip é feito com o paciente internado, com duração média de internação de 3-5 dias, podendo se prolongar conforme evolução clínica.
A inserção da prótese é preferencialmente por acesso arterial femoral. Um acesso alternativo é a artéria que percorre abaixo da clavícula (subclávia). O paciente pode ser submetido à anestesia geral ou sedação consciente, conforme familiaridade e experiência do serviço com a técnica.
Jejum por 6 horas, repouso prévio e estar presente com um acompanhante.
ATENÇÃO: essas são orientações gerais. Alguns aspectos específicos podem variar de acordo com a unidade. Por favor, entre em contato com sua unidade de preferência para confirmação.
As complicações em ordem de frequência são: reação alérgica ao meio de contraste, sangramento na vida de acesso, dor residual no local da punção arterial, dano aos vasos sanguíneos, arritmias cardíacas (batimento cardíaco irregular) e edema agudo pulmonar. Apesar de raras, pode haver necessidade de marcapasso e falha do procedimento, com indicação de cirurgia convencional. Complicações consideradas graves ocorrem em menos de 5% dos procedimentos e na Rede D’Or os hospitais estão prontamente equipados para atendimento imediato.
O paciente deve estar acompanhado para alta hospitalar. A equipe de enfermagem do exame irá orientar sobre o curativo do local de punção.
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