Também conhecido como transplante de fígado, o transplante hepático é um procedimento cirúrgico para substituição do órgão doente, o que pode acontecer através da doação de um fígado de doador cadáver ou um pedaço de um doador vivo.
O transplante é um procedimento médico que remove um órgão ou tecido saudável de um indivíduo e o coloca dentro do corpo de uma pessoa que está com problemas relacionados ao mau funcionamento desse mesmo órgão ou tecido.
O transplante hepático refere-se a todo e qualquer tipo de transplante realizado no fígado, um dos mais importantes órgãos do corpo humano. Ele pertence ao sistema digestivo e sua principal função é filtrar o sangue e eliminar as toxinas do nosso organismo, além de produzir proteínas, fatores de coagulação, triglicerídeos, colesterol e bile, entre outras substâncias que contribuem para o bom funcionamento do corpo humano.
O fígado tem uma grande capacidade de regeneração de seus tecidos, sendo, portanto, um dos órgãos que podem ser doados em vida, assim como pele, córnea, ossos, coração, pulmão, estômago, intestino, rim, pâncreas e outros.
No geral, o transplante é um tipo de procedimento médico crítico, em que o paciente precisa estar em estado grave para que o procedimento seja indicado.
O transplante hepático é indicado para tratar problemas como:
Cirrose hepática: trata-se de uma condição em que parte das células do fígado são destruídas ou deixam de funcionar corretamente Como resultado, são formadas cicatrizes, fibroses e nódulos no tecido do fígado, fazendo com que seu funcionamento fique comprometido ou parcialmente afetado.
Alguns dos sintomas incluem:
Doença hepática alcoólica: essa lesão no fígado é causada pelo consumo excessivo de álcool. As mulheres, geralmente, são mais vulneráveis à doença hepática alcoólica. Alguns dos sintomas são:
Hepatite autoimune: essa doença pode ser provocada por uma falha no sistema imunológico e parte das causas pode estar relacionada a fatores genéticos.
Os sintomas da hepatite autoimune incluem:
Doença hepática gordurosa não alcoólica: em muitos pacientes, essa é uma doença assintomática. Contudo, existem alguns sintomas inespecíficos, a depender do caso e quadro clínico, como fadiga e dor abdominal no quadrante superior direito.
Câncer hepático: tipo de tumor maligno que se origina nas células do fígado, tais como hepatócitos, canais biliares ou vasos sanguíneos. É um tipo de câncer que, em geral, é bastante agressivo, causando sintomas somente nos estágios mais avançados da doença, o que diminui as chances de cura. Entre os sinais da doença estão:
Hepatite medicamentosa: é causada pelo uso prolongado de alguns tipos de medicamentos, especialmente aqueles que irritam o fígado, como paracetamol ou nimesulida. Caracteriza-se por uma grave inflamação do órgão, que pode ocorrer de forma aguda ou fulminante, tanto por conta do uso excessivo ou da toxicidade do remédio quanto por uma hipersensibilidade do paciente. Os principais sintomas são:
Para passar por um transplante hepático, o paciente deve, antes, seguir o protocolo de transplante hepático.
Trata-se de um questionário que avalia se o paciente está psicologicamente apto, se a doença dele é ou não o resultado do uso e abuso de drogas e álcool e se não existe mesmo uma opção de tratamento alternativa ao transplante.
Depois disso, uma vez aprovado no protocolo, o paciente entra na lista de espera de um doador de órgãos ou são realizados estudos com membros do grupo familiar que podem ajudá-lo doando parte de seu fígado que, depois, irá se regenerar e voltar ao tamanho normal.
Alguns pacientes, ainda que necessitem da realização desse procedimento médico, podem receber a contraindicação do transplante hepático.
Isso porque seu organismo não suportaria os medicamentos imunossupressores e a adaptação pós-transplante.
Quem recebe contra-indicação do transplante hepático são pacientes com idade avançada, acima dos 70 anos, doença cardíacas, renais e pulmonares graves, hipertensão pulmonar, septicemia, alcoolismo ativo, HIV, cirurgias prévias nas vias biliares e vício em drogas ativos.
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