Transplantes são procedimentos cirúrgicos aptos a realizarem a reposição de um órgão, sólido ou não sólido (como a medula óssea). Dependendo das especialidades, estes podem ocorrer através de um doador vivo ou morto.
Um transplante é um procedimento cirúrgico que é realizado com o objetivo de repor, trocar e substituir algum órgão do corpo que estava apresentando problemas e impedindo o paciente de ter uma determinada qualidade de vida.
Geralmente, o transplante é uma medida implantada depois que o paciente já passou por diferentes tratamentos e não obteve sucesso, sendo a solução a única saída para aumentar a expectativa de vida. Esse tipo de procedimento médico é de alta complexidade e só pode ser realizado com o auxílio de um segundo paciente, que faz a doação do órgão ou tecido para que o enfermo se recupere.
Os órgãos e tecidos doados são encaminhados para pacientes que aguardam a oportunidade em uma fila única, organizada por estado ou região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O Brasil conta com uma central nacional e 27 centrais estaduais de transplantes. O SNT inclui 648 hospitais, 1.253 serviços e 1.664 equipes de transplantes habilitados.
De órgãos: podem ser transplantados os rins, fígado, coração, pâncreas e pulmão.
De tecidos: incluem córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical.
Órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea podem ser doados em vida. Os demais ocorrem apenas quando há morte encefálica confirmada ou parada cardiorrespiratória.
Existem duas possibilidades de doador de órgãos, de acordo com as diretrizes especificadas pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO):
Doador em vida: o doador tem que possuir mais de 18 anos e estar em condições de doar o órgão ou tecido sem que isso comprometa sua própria saúde. O doador em vida deve passar por uma avaliação médica para averiguar qualquer possível doença que possa comprometer o bem-estar do receptor. Ainda assim, a doação só é realizada mediante autorização judicial. Transplantes de rim, fígado e medula óssea podem ser realizados por doadores em vida.
Doador pós-morte encefálica: trata-se da “morte baseada na ausência de todas as funções neurológicas”. A morte encefálica é diagnosticada apenas em pacientes hospitalizados. A doação, nesse caso, necessita da autorização dos familiares do paciente. De acordo com o Ministério da Saúde, após a confirmação da morte encefálica a família do paciente é submetida à uma entrevista médica para que o histórico clínico do possível doador seja detalhado. A pessoa que tem interesse em ser um doador de órgãos e tecidos deve manifestar essa decisão para seus familiares. Isso porque, no Brasil, a doação é realizada apenas após autorização por escrito dos parentes. É o caso dos transplantes de córneas, coração, pulmão, entre outros.
Os potenciais candidatos a transplantes, chamados de receptores, passam por uma avaliação profunda de suas condições de saúde e da compatibilidade com os doadores para elevar as chances de sucesso do procedimento. Isso porque o sistema imunológico normalmente ataca tecidos estranhos, incluindo transplantes, reação que recebe o nome de rejeição.
Para evitar que a rejeição seja severa, o sangue do receptor é triado em busca de anticorpos contra os tecidos do doador. O organismo pode produzir esses anticorpos como resposta a uma transfusão de sangue, a um transplante anterior ou a uma gravidez. Se os anticorpos estiverem presentes, o transplante não será possível.
Também é feita uma avaliação psicológica, já que tomar remédios e fazer acompanhamento médico pelo resto da vida são condições que mexem com a saúde mental dos indivíduos submetidos aos transplantes.
No caso dos doadores, é feita uma triagem para verificar câncer e infecções que podem ser transmitidas pelo transplante. No geral, é fundamental que estejam em boas condições de saúde. Nos casos de doação pós-morte encefálica, o órgão a ser doado não pode ter sido afetado pela condição que causou a morte.
Por se tratar de um procedimento de alta complexidade, podem ocorrer diversas complicações com o paciente. Todas elas devem ser explicadas antes da realização do transplante, bem como monitoradas pela equipe médica após o procedimento. As principais são:
O uso dos imunossupressores, indicado para reduzir as chances de rejeição do transplante, também pode causar complicações. Isso porque além de inibir a reação do sistema imunológico em relação ao órgão transplantado, esses medicamentos também reduzem, de forma geral, a capacidade do organismo de combater infecções e até de destruir as células cancerígenas. Ou seja, os pacientes transplantados correm um risco mais elevado de desenvolverem infecções e determinados tipos de câncer. Por isso, devem ser sempre monitorados e acompanhados pelo médico a fim de garantir longevidade com qualidade de vida após o procedimento.
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